Dia Internacional das pessoas com deficiência
No âmbito da disciplina de Informação e Animação Turística do Curso de Técnico em Animação de Turismo da Escola Secundária Gil Eanes, os alunos do 10ºG-AT planificaram e realizaram uma atividade dirigida a crianças portadoras de deficiência da Escola EB 23 das Naus.
A atividade foi integrada na comemoração do dia Internacional das pessoas com deficiência, no passado dia 3 de Dezembro de 2019.
Seguem-se alguns relatos de alunos da turma, sobre o que pensaram e sentiram ao longo desta experiência, que para alguns foi o primeiro contacto com portadores de deficiência.
“Com esta atividade eu vi o quão dificil é a vida destas crianças e há muitas coisas que eles não podem fazer que nós podemos e eu apercebi-me o quão ingratos e mal agradecidos nós somos por termos aquilo que essas crianças não podem ter. Foi uma atividade boa de se experienciar e foi uma atividade emocionante.”
“Eu gostei da atividade porque adoro crianças e tenho um carinho especial por Portadores de Deficiência. A atividade (…) foi muito importante porque percebemos que eles gostaram e se sentem melhor se os tratarmos como crianças normais e dando apoio, gostaria de mais atividades assim e sinto-me bem por fazer isto.”
“Eu achei esta actividade importante pois, na minha maneira de ver, qualquer um de nós pode vir a passar por uma situação destas ou acontecer a um amigo ou familiar e temos de aprender a viver com isso.”
“Na minha opinião a actividade (…)teve alguns problemas na comunicação com as crianças pois não era fácil, (…) pessoalmente não conseguia porque tive pena das crianças que não têm culpa por ter aquilo que têm. Houve algumas crianças que não conseguiram realizar a atividade devido à sua doença mas tentamos animar e dar uma jeito de forma à criança ficar satisfeita.”
“Foi uma experiência que sem dúvida vou recordar para a vida pois foi o maior tempo que mantive contacto com alguém assim (…). Fiquei feliz por saber que eles mesmo sendo diferentes são felizes e isso deixou me mais tranquilo.”
“Minha experiência foi muito emocionante, em ajudar e cuidar das crianças com necessidades especiais, foi muito gratificante, achei muito legal as atividades que a escola faz com as crianças embora mas não tenham muitas estruturas adaptadas para eles (…).”
“A realização desta atividade fez me pensar em muitas coisas, e a cima de tudo fez me sentir muito mal... muito triste em ver e tentar imaginar como será a vida destas crianças. (…) Será que eles têm sonhos que sabem que vai ser complicado de alcançar devido à sua deficiência?
Ninguém deveria passar por isto, as crianças devem brincar, correr, saltar etc.
Eu acho que foi um pouco complicado ter uma conversa com certas crianças e isso fez com que ficasse muito desanimada por que eu queria mesmo que todos conseguissem e pudessem entender e fazer as coisas.
Eu penso que se divertiram e sempre tiveram um bocadinho diferente com pessoas diferentes e isso para mim foi a parte mais importante, e a parte que mais gostei foi mesmo de facto ver que eles estavam a pintar e eles todos são muito inteligentes e são todos uns amores. (…)”
“Eu gostei da experiência, mas (…) como foi a nossa primeira vez a conviver com crianças portadoras de deficiência ficamos com um pouco de receio de fazer alguma coisa de errado (magoá-las).”
“Na minha opinião, esta atividade deu-nos a oportunidade de conhecer um “mundo novo”.
Eu, sendo uma das responsáveis e porta-voz da atividade, senti uma pressão sobre tal. Pareceu que fui a 1.ª a ter contacto com as crianças que estavam lá presentes.
Também fiquei aliviada pela professora Marisa estar connosco lá, pois deu me mais segurança na atividade. (…) Acima de tudo, espero que tenham gostado da atividade pois eu gostei muito.”
“Na minha opinião ter feito esta atividade custou-me mas soube-me bem. Senti um aperto no coração porque custa ver crianças a terem esses problemas. A forma de vida é diferente. Chorei mas foi de alegria por vê-los bem, felizes, de outra forma. Gostei muito de ver um amigo que tinha desde infância, estava melhor e aprendi muito com o Daniel, ele fazia tudo o que nós fazemos mas custava-me muito quando ele entrava naqueles ataques e eu não podia fazer nada. (…) Gostei de ouvir a mae de um menino a falar, fez-me perceber que na vida não importa como somos pois nós somos todos iguais. As amizades mais verdadeiras são com eles. (…) Senti-me a pessoa mais feliz do mundo em poder reencontrá-lo e ver outras crianças, gostava de voltar e ir lá. Estas crianças têm mais capacidade do que nós, são crianças únicas, fofas, óbvio que depende dos pais mas isso faz parte da vida, não são diferentes pois nós também precisamos dos pais e amigos. Tenho de agradecer por esta atividade.”